O que dizes a mim, tua serva...
Aqui diante de ti, contemplo a tua beleza...
Você que já foi testemunha de meu mais leve sorriso e também
da minha mais discreta lágrima...
Hoje apenas contemplo-te...
Sem sorrisos...
Sem lágrimas...
Mais contemplo-te.
Meu rosto é uma máscara de indignação...
Minha alma queima como se estivesse febril....
E meu coração arde no peito, como brasa
Já não sei se a olho com os mesmos olhos de antes...
Antes eu deixava teu brilho banhar meu corpo,
Hoje eu banho a ti com o brilho dos meus olhos...
Lua... lua... o que aconteceu?
Não sei se choro, se grito ou se devo rir...
Estou aqui abobalhada, olhando-te...
Como se nunca a tivesse visto...
Sentindo-te em toda sua plenitude...
E sinto-me como hipnotizada pela sua beleza e aliviada também pela paz, pela quietude
e pela tranquilidade com que invade a minha alma...
Lua testemunha, cúmplice, lua amiga minha.
NINA
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